Breve história da Musicoterapia no Brasil

Breve história da Musicoterapia no Brasil

As “Jornadas Latino-americanas de Musicoterapia” na Argentina, em 1968, foram fundamentais para impulsionar o movimento da Musicoterapia na América Latina e no Brasil. Lá estiveram presentes profissionais brasileiros interessados no efeito terapêutico da música que fomentaram o movimento nacional. Depois de Buenos Aires, no mesmo ano, em 1968, foram fundadas a Associação Brasileira de Musicoterapia (atual Associação de Musicoterapia do Estado do Rio de Janeiro), a Associação Sul Brasileira de Musicoterapia (atual Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul) e, em 1971, a Associação de Musicoterapia do Paraná e a Associação Paulista de Musicoterapia.

Hoje, tantos anos depois, o movimento da musicoterapia brasileira segue crescendo. Isso se evidencia notadamente no número de associações de profissionais associadas à UBAM; nos cursos de graduação e/ou pós-graduação em Musicoterapia funcionando em Universidades públicas e privadas; na Revista Brasileira de Musicoterapia, destinada à publicação científica de trabalhos originais, relacionados à Musicoterapia; e no número crescente de mestres e doutores musicoterapeutas.
Do mesmo modo evidencia-se na inaugurada Editora UBAM; no Código Nacional de Ética, Orientação e Disciplina; na inserção do profissional musicoterapeuta, através de sua CBO, em políticas públicas do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de Assistência Social; e no constante surgimento de novos desafios nos campos da prática e pesquisa.
Seguimos crescendo sem deixar de honrar aqueles que nos antecederam e construíram os primeiros passos de nossa história.

Precursores brasileiros

Por Marly Chagas
Cecília Conde, Gabrielle Souza e Silva e Doris Hoyer de Carvalho.
No Rio de Janeiro, um dos marcos do surgimento da musicoterapia foi o trabalho de professores de música na Educação Especial. Educadores musicais, trabalhando em instituições que atendiam a crianças com deficiência, encontraram um caminho de acesso a esse público, provocando consideráveis transformações em seus universos relacionais.
Na década de 50, D Liddy Mignone, inovadora educadora musical, criou no Conservatório Brasileiro de Música (CBM), um curso para educadores musicais para professores que abrissem suas aulas para todas as crianças. Esta formação foi um marco tanto para professores de música quanto para futuros musicoterapeutas. Foi também D Liddy Mignone que, a pedido de Dra Nise da Silveira, indicou Ruth Loureiro Parames para o cargo de professora especializada em desenvolver atividades musicais com os pacientes da Seção de Terapêutica Ocupacional no Centro Psiquiátrico Nacional – CPN.
Embora solicitada pela Dra. Nise da Silveira, como professora de música, Ruth Loureiro Parames só foi admitida a título precário, em 28 de setembro de 1955, como técnica de musicoterapia, pelo Ministério da Saúde. Na época, o diretor do Serviço Nacional de Doenças Mentais era o Dr. Jurandyr Manfredini e o contrato da profissional vigorou de 1º de outubro a 31 de dezembro de 1955. Posteriormente, foi confirmada como professora de ensino especializado, por não existir nos quadros públicos o cargo de técnico em musicoterapia (MOURA COSTA; CARDEMAN, 2008).
O início da musicoterapia, propriamente dita, no Rio de Janeiro deve-se ao resultado da atuação de três mulheres obstinadas: Cecília Fernandez Conde, Doris Hoyer de Carvalho e Gabrielle Souza e Silva. Em entrevista à Ferrari, Cecília Conde relata que ela, Doris Hoyer e Gabrielle Souza e Silva eram oriundas da formação com Liddy Mignone. Todas eram musicistas e educadoras musicais e se interessaram pela perspectiva pedagógica oferecida por D. Liddy.
O novo campo de aplicação da música levou Doris Hoyer e Gabrielle Souza e Silva às Jornadas Latino-americanas de 1968. De lá, voltaram com informações que animavam e embasavam a criação de uma associação e um curso de Musicoterapia no Rio de Janeiro. Cecília Conde, na administração do CBM, apoiou e fortaleceu o movimento convidando Juliette Alvin para um curso de introdução à Musicoterapia no Rio de Janeiro.
Segundo Cecília Conde, em contato com as ideias de Alvin, começou a compreender o que era Musicoterapia. Encantou-se com a perspectiva de não haver “um som certo, preestabelecido, era preciso atuar a partir do som criado pela pessoa” (CONDE; FERRAR, 2020, p. 19). Em 1969, coube a Edgar Williams e Benenzon serem convidados pelas três pioneiras para cursos no Rio. Em 1970, Dr. Rolando Benenzon, psiquiatra e músico argentino, deu um segundo curso. No ano seguinte, em 1971, Benenzon veio novamente ao CBM, com a incumbência de montar e discutir o currículo de um curso de Musicoterapia.
Em princípio, o curso foi idealizado para ser técnico, de um ano, combinando as áreas da Saúde, da Educação, da Música e das Artes. Com a continuidade do projeto, incluíram-se outras disciplinas e outros anos na formação tanto na área do sensível quanto na área da Saúde, e musical. “Começamos a perceber o poder da Música.” (CONDE; FERRARI, 2020, p. 19).
A nova proposta do curso foi se concretizando e chegou a uma graduação de quatro anos. Cecília Conde responsabilizou-se pela área de sensibilização; Doris Hoyer de Carvalho, pela teórica e científica; e Gabriele Souza e Silva, pela área da reabilitação motora. Para orgulho de nós, musicoterapeutas brasileiros, foi criada a primeira graduação em Musicoterapia do Brasil.
Cecília Conde (1934 –2018) dedicou a sua vida inteira à viabilização de projetos em musicoterapia. Promoveu, no Brasil, o VI Congresso Mundial de Musicoterapia, organizou Seminários Brasileiros e Encontros Latinoamericanos, quando sequer havia uma união de associações de musicoterapia. Nos anos 80, abriu, com Lia Rejane Mendes Barcellos, o Centro de Recepção e Triagem da Fundação Estadual de Educação do Menor (FEEM). Provavelmente, essa ação pioneira levou à inserção da musicoterapia no campo social. Em 1999, Cecilia Conde, Paula Carvalho e Rejane Barcellos, em reunião com o Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Ronaldo Gazolla, e com a Equipe Municipal de Saúde, articularam a implantação da musicoterapia em seis Centros de Atenção Psicossocial na cidade do Rio de Janeiro. A articulação de Cecília Conde para a inclusão, em 2000, do musicoterapeuta no plano de cargos e salários da cidade do Rio de Janeiro foi decisiva para o primeiro concurso para o quadro de servidores do município, em 2001. (BARCELLOS, 2019, p. 37-43).
Cecilia Conde através de sua inteligência e percepção de processos musicais e terapêuticos, bem como sua atuação na inclusão da musicoterapia e da cultura nas propostas de uma política participativa e humanitária impulsionam até hoje nossas conquistas.

Gabrielle Souza e Silva, Gaby (1930-2021), orientou-se pelos conhecimentos obtidos no curso de especialização em educação musical, agregados à sua experiência com seu filho, com síndrome de Turner, para abrir caminhos no novo território da música como terapia.

A sua experiência, ainda rara no Brasil, de mãe musicista e educadora musical, resultou no enorme progresso cognitivo e relacional de seu filho. O desenvolvimento de sua criança foi notado por seus médicos e, em quatro de junho de 1964, foi convidada a iniciar um trabalho musical com crianças portadoras de sequelas de Poliomielite de Encefalopatia Crônica da Infância, na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). As crianças atendidas por ela passaram a responder aos estímulos musicais oferecidos e aceitar os outros tratamentos nos setores de reabilitação (Fisioterapia, Terapia Ocupacional e outros). 

O sucesso do novo método fez com que a sua prática clínica fosse estendida e ampliada a atendimentos de adultos hemiplégicos. Estava sendo criado o primeiro setor de Musicoterapia especializado em Reabilitação no Rio de Janeiro e no Brasil. Segundo Clarice Moura Costa, “Nesta época já a chamavam de musicoterapeuta.” (MOURA COSTA; CARDEMAN, 2008).

Souza e Silva criou um trabalho naquele setor da ABBR em um modelo que pode ser entendido como revolucionário, ou seja, a atenção interdisciplinar ao paciente. Esse modelo prevê fisioterapeutas e musicoterapeutas trabalhando juntos, ao mesmo tempo, com sinalização de eficiência de resultados nos dois atendimentos. Até hoje, profissionais que foram formados por Gaby, nesse modelo, atestam a marca do trabalho amoroso e competente da profissional.

Doris Hoyer de Carvalho (1928), pianista e psicóloga, voltou da I Jornada Latino Americana de Musicoterapia, na Argentina, com a intenção de realizar algo semelhante ao que tivera oportunidade de assistir. Segundo Moura Costa e Cardeman (2006), “queria organizar uma entidade que reunisse profissionais interessados em musicoterapia.” (MOURA COSTA; CARDEMAN, 2006).
Doris Hoyer de Carvalho coordenava o setor de música da Sociedade Pestallozzi do Brasil e ali observava que “valia a pena levar a música para os portadores de deficiências mentais, porque a música os fazia ultrapassar os próprios limites. Eles eram uma coisa na sala de música e outra coisa do lado de fora.” (ibidem). Sempre fora uma pesquisadora e confirmava, com estudo e trabalho, aquilo que via, que constatava. (ibidem).
Como uma das organizadoras do curso de graduação em Musicoterapia do Conservatório Brasileiro de Música, responsabilizou-se pela área teórica e científica. Estimulava as respostas teóricas e técnicas em seus alunos com a seguinte questão: “Como estabelecer os passos do procedimento terapêutico em Musicoterapia?” Deste modo, propunha um trabalho de resposta e reflexão aos alunos da primeira turma de musicoterapeutas. Lia Rejane Barcellos estava neste grupo e o que Barcellos sistematizou, à época, ainda hoje é fonte de conhecimentos para nós. (BARCELLOS, 2016, p. 183).

Referências Bibliográficas

BARCELLOS, L.R De onde viemos e onde estamos: um ‘ponto de mutação’ no caminho da musicoterapia In Revista da AMTRJ – ano 1 – ed. especial – 2019 pp 37n 43. Disponível em http://www.amtrj.com.br/wp content/uploads/2020/04/Co%CC%81pia-de-Seminario_50anos-1.pdf
BARCELLOS, LR Quaternos de musicoterapia e coda. Barcelona: Barcelona Publishers,2016.
CONDE, C; FERRARI, P. Criação do curso de musicoterapia no Rio de Janeiro e suas reverberações in MOURA- COSTA, C. (org) Musicoterapia no Rio de Janeiro: Novos Rumos. Editora AMTRJ 2ª edição revisada, 2020 pp 17-24.
MOURA COSTA, C. CARDEMAN, C. Musicoterapia no Rio de Janeiro 1955 – 2005. Biblioteca da Musicoterapia Brasileira, 2008.
FACEBOOK – Homenagem da ABBR A Gabrielle Souza e Silva no dia do Musicoterapeuta 2019 disponível em https://web.facebook.com/musicoterapiarj/posts/2259885024233889/
Por Graziela Carla Trindade Mayer
A Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul foi fundada em 11 de novembro de 1968, tendo à sua frente como presidente a Dra. Di Pâncaro. Fizeram parte desse movimento vários médicos, enfermeiros, musicistas e professores. Na época, era denominada de Associação Sul Brasileira de Musicoterapia.
A Dra. Di Pâncaro (1935-2020) foi a pioneira no estado do Rio Grande do Sul em trabalhos desenvolvidos de Musicoterapia. Era Bacharel em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1955). Ao longo de sua carreira como docente, realizou várias formações, dentre elas, a Musicoterapia sempre esteve presente na sua caminhada. Participou de diversos cursos fora e dentro do Brasil sobre Musicoterapia e teve a oportunidade de estudar com Dr. Benenzon (Argentina), Dr. Donald Michael (USA) e Juliete Alvin (França).
Conforme registro de ata da associação em 02 de janeiro de mil novecentos e setenta, Di Pâncaro propôs à Escola de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a criação de uma cadeira de Musicoterapia no curso de Educação Musical. A iniciativa foi aceita pela universidade e criou-se a disciplina de Fundamentos da Musicoterapia, como matéria optativa, no curso de Educação Musical para os alunos do 4º ano. À Di Pâncaro coube a cátedra da referida disciplina que contou, inicialmente, com 20 alunos.
Neste mesmo ano, iniciaram-se os trabalhos de Musicoterapia no Hospital Psiquiátrico São Pedro, na unidade Kraepelin, sob o comando do Dr. José Barros Faltal, na época diretor dessa unidade. Ao longo dos anos, o trabalho de Musicoterapia foi se expandindo pelas escolas, na época “Especiais – APAE”. Em virtude da saída de alguns professores do curso de Educação Musical na UFRGS, a disciplina optativa se encerrou, ficando assim o estado do Rio Grande do Sul por um bom tempo sem formação em Musicoterapia.

Referências Bibliográficas

Atas da Associação de Musicoterapia do Rio Grande do Sul. 1970.

Por Jônia Maria Dozza Messagi

Clotilde Spinola Leinig (1913-2009), em 1937, iniciou uma carreira como professora, marcada pelo comprometimento com a docência, com a Música e com a Musicoterapia. Em 1952, frequentou o curso de Regência em Canto Orfeônico no Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, no Rio de Janeiro, tendo sido aluna do Maestro Heitor Villa Lobos. Cursou a disciplina Terapia pela Música, que foi a gênese de seu envolvimento com esta área. De 1958 a 1966, teve atuação destacada no Conservatório Estadual de Canto Orfeônico no Paraná e na transformação dessa instituição em Faculdade de Educação Musical, em 1968, quando paralelamente fomentou a ideia da criação de um curso de Musicoterapia. Com este objetivo, foi para os Estados Unidos já como membro da Associação Nacional de Musicoterapia. Neste país, realizou cursos, participou de estágios em universidades e práticas em hospitais, coletando significativo material para subsidiar, em 1971, a criação do Curso de Especialização em Musicoterapia dentro da Licenciatura em Música. Neste mesmo ano, contribuiu para a criação da Associação de Musicoterapia do Paraná. Finalmente, em 1983, criou a Graduação em Musicoterapia. Em 1986, depois de uma luta de muito tempo, o curso foi reconhecido pelo MEC, como bacharelado em Musicoterapia.
A Professora Clotilde implantou a Musicoterapia no Hospital psiquiátrico Nossa Senhora da Luz, além de outras instituições psiquiátricas e abriu as portas da faculdade para o atendimento à comunidade. Incentivou a pesquisa através da promoção de seminários, conferências e publicação em periódicos específicos, proferindo também palestras e conferências para profissionais da área da saúde. De 1984, quando de sua aposentadoria, até 2009, quando do seu falecimento, manteve-se atuante, escrevendo, participando de eventos, publicando livro e recebendo homenagens e o reconhecimento por sua trajetória. Entre esses, o título de Doutor Notório Saber, em 2003, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Paraná. Sua caminhada profissional culminou com o que é hoje o Campus II da UNESPAR (Universidade Estadual do Paraná). É com alegria e muito orgulho que eu digo: fui aluna da professora Clotilde!

Trabalhos de Clotilde Leinig

Por Simone Presotti
A história da profissão começou em Minas Gerais com a Didi – Benedicta Borges de Andrade (1927 – 2013). Precursora da Musicoterapia em Minas Gerais e no Brasil, conduziu com entusiasmo e competência o uso da música em clínicas e hospitais onde foi convidada a atuar.
Uma influência marcante do trabalho desta profissional humanista foi o Bandeirantismo, do qual foi uma das fundadoras em Belo Horizonte. Didi incorporou desta vivência o senso da responsabilidade e do dever, o constante autoaperfeiçoamento para servir, a busca permanente pela simplicidade, a descontração, o bom humor e a leveza, que a encantaram durante toda a vida. Tornando-se musicoterapeuta, Didi se valeu da filosofia e de muitas das técnicas e jogos das Bandeirantes em seu trabalho. Destaca-se seu entusiasmo pela Musicoterapia, sua confiança no ser humano e sua capacidade de criar, a partir dos conteúdos sonoros e musicais apresentados pelos pacientes. Didi sempre manteve o foco no que a experiência musical poderia agregar à vida de cada um deles. Será uma inspiração perene para todos nós que tivemos o privilégio de conviver com ela.
Em 1992, Didi publicou o livro: Musicoterapia, um caminho, escrito em parceria com a terapeuta ocupacional Ana Lísia Dolabela Pimenta, inclui relatos de casos contextualizados a partir da interface de conhecimentos de duas áreas, Musicoterapia e Terapia Ocupacional. Em uma época em que a palavra interdisciplinar não era utilizada, a obra é mais uma comprovação do pioneirismo desta cantora lírica, pianista e terapeuta apaixonada. Foi uma musicoterapeuta que atuou na área clínica, no Instituto da Voz e da Fala com múltiplos diagnósticos e diversas faixas etárias. Convidada pelo corpo médico do Hospital Arapiara – BH, atuou na reabilitação de pacientes neurológicos e foi professora da disciplina sobre a Música e a Fonoaudiologia na graduação da Faculdade Izabela Hendrix – BH, sendo ainda hoje referenciada por este trabalho. Didi, Benedicta Borges de Andrade, foi uma profissional à frente de seu tempo.
Escreveu vários artigos e um livro sobre sua experiência profissional, apresentou trabalhos em vários eventos nas áreas da educação e da saúde, foi professora da cadeira de Musicoterapia no Instituto Izabela Hendrix e recebeu do MEC o título de Notório Saber em Musicoterapia. Foi fundadora e presidiu a AMT-MG, Associação de Musicoterapia de Minas Gerais, e sempre colaborou palestrando em eventos para divulgar temas sobre Musicoterapia. Foi a primeira a receber reconhecimento junto aos médicos neurologistas e psiquiatras.
Acima de tudo, Didi – nossa “Didinossaura” da Musicoterapia – soube viver a felicidade e foi generosa em partilhar suas descobertas sonoras com todos que se interessavam pela Musicoterapia.

Referências Bibliográficas

DIDI, A, B.B; PIMENTA, A. L. D. – Musicoterapia, um caminho.

Texto por Lázaro Castro Silva Nascimento

A Musicoterapia maranhense inicia com o retorno da Mt. Liliam Ribeiro Soares (CPMT 001/19-MA) para Imperatriz/MA após a conclusão de sua graduação em Musicoterapia na Universidade de Ribeirão Preto em dezembro de 2002. Após seu retorno, Liliam iniciou o trabalho na cidade de Imperatriz desbravando a musicoterapia no Estado do Maranhão de uma forma diferente de outras regiões: iniciando pelo interior. 

Sua luta constante pela profissão fez com que em 2008 fosse aprovada a Lei Ordinária N.0 1.279/2008 na Câmara Municipal de Imperatriz criando o cargo de Musicoterapeuta na cidade. Alguns musicoterapeutas começaram a se formar em outros Estados e retornar para o Maranhão, abrindo turmas de formação na capital. 

Anos mais tarde, em 2018, Liliam se reúne com outros musicoterapeutas, em especial de São Luís, e funda a Associação de Musicoterapia do Maranhão (AMT-MA). 

Produções

SOARES, Liliam Ribeiro. ENTREVISTA. Revista InCantare, [S.l.], mar. 2020. ISSN 2317-417X. Disponível em: <http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/incantare/article/view/2589>. Acesso em: 23 Set. 2021.